
Introdução:
A popularidade das lan-houses (lojas de games em rede) cresce em todos os cantos do país, assim como já aconteceu ou está acontecendo em vários países de todo o mundo, ganhando a simpatia de milhares de jovens a cada dia. Counter-Strike, campeão no gosto destes jogadores, é o mais cobiçado dos shooters em primeira pessoa (FPS) e vem tirando da reta os bem sucedidos Quake 3 e todos os shooters estratégicos, como Rainbow Six, Operation Flashpoint e SWAT (você já viu algum deles em uma lan-house?).
Visto que estes últimos são ótimos para se jogar em casa, já que não tiveram bom reconhecimento de seus multiplayers aqui no Brasil, Global Operation é mais um que tenta entrar para o hall da fama entre os FPS, mas se encaixar na categoria de tiro em 1ª pessoa tática, que consiste em reunir uma equipe de mocinhos e combater os bandidos cada um com sua devida função, exigindo tática e estratégia para se ganhar a batalha. E a história? Com o objetivo de manter a paz e lutar contra terroristas por todo o mundo, seu objetivo é assumir vários grupos no combate contra o mal. Que novidade...
Jogabilidade:
Englobando o mesmo gênero do CS, Rainbow Six e derivados, Global Operation simula o estilo “Mocinho Vs Bandido”, em diversos locais do mundo, levando sua equipe desde Lima no Peru até o frio da Antártica. Seus integrantes também são divididos por especialidades, tais como o “Médico”, o “Demolidor”, o “Atirador de Elite”, o “Comando”, o da “Artilharia Pesada” e o “Reconhecedor” (Recon). As 13 missões, disponíveis no modo single-player, variam entre resgatar reféns, roubar um importante objeto ou assassinar um chefe do terrorismo em um tempo limite pré-determinado - todas elas com seus briefings (instruções) e trama criadas com o maior detalhe. Todas as corporações são autênticas, entre rebeldes, forças especiais, grupos da paz, etc, pesquisadas a fundo pela Crave e feitas com a maior atenção.
Global Ops traz, a exemplo dos demais no estilo, uma interdependência dos jogadores, fazendo do Demolidor, por exemplo, o único que pode abrir paredes para que a missão tenha continuidade. Todos dependem de todos. Mas o diferencial está no seu single-player, que simula em todas as palavras uma disputa multijogador. Após selecionar seu personagem, armas e equipamentos, você recebe ordens e inicia a missão com a equipe completa, com todos os seus companheiros e inimigos controlados por bots, ao invés de controlar apenas um ou todos os jogadores.
Aparentemente, o jogo se comporta como qualquer outro, com uma boa jogabilidade, controle fácil e intenso e muito semelhante ao Counter-Strike. Após matar alguns malfeitores, vacilei certo momento e acabei sendo baleado pelas costas: ao invés de reiniciar do começo da fase, como de costume, meu personagem ficou estendido no chão, pedindo ajuda dos médicos, até aqui os únicos que podiam salvá-lo. Notei que existe um certo tempo limite para que o atendam, e caso nenhum médico lhe socorra, você bate as botas, sendo re-inserido na fase. Entretanto, você pode optar por não esperar a ajuda do médico e começar novamente antes do tempo limite se esgotar. Como as tropas são enviadas constantemente (para repor aqueles que morreram), há um tempo estabelecido para se equipar. Reiniciar pode não ser vantajoso, pois não cabe a você escolher a hora que deve voltar ou não, e sim, ao computador. Certas vezes, quando se nota que não há ajuda disponível, o melhor é recomeçar a fase mesmo, mas o problema é que até o tempo de espera para voltar a jogar, pode lhe tomar de 5 até 40 segundos: imagine ficar 40 segundos, sentado, sem poder fazer nada, enquanto seus “colegas” (os bots) estão dando um duro. Esse tipo de “castigo” – ficar fora por alguns segundos obrigatoriamente – é interessante, pois passa a imagem do preço que se paga por ter falhado. Dureza, hein? Mas após muitas mortes e re-começos, essa espera chega a ser deprimente.
O arsenal, constituído de 32 armas, é um dos mais bem representados e diversificados em um jogo deste calibre, tanto em visual como fisicamente. São shotguns, rifles, sniper, pistolas e muitas outras disponíveis, cujos “trancos” (ou recuos) produzidos tornam a mira instável e muito real, dificultando um head-shot ou um acerto em qualquer outra parte do corpo. No menu de equipamentos, você pode comprar estes armamentos e outros acessórios, como bombas e óculos especiais, com um cash inicial. Esse crédito só aumenta se você eliminar os inimigos ou roubar o objeto pedido, e será acrescido quando você morrer, lhe dando a possibilidade de adquirir armas melhores. Mas nem sempre você obtém sucesso nos tiroteios, ficando sem créditos alguns. Não se preocupe, pois em meio a tantos mortos e feridos, é fácil encontrar outras armas caídas pelo chão; basta apanhar uma e não gastar um tostão. É lógico que para o Atirador de Elite é bem mais fácil utilizar-se de uma sniper do que o Comando. A liberdade que o jogo oferece é grande, pois todos os tripulantes podem usar outras armas, embora eles só possam comprar as que pertencem à sua especialização.
Mas Global Operation tem seus defeitos também. Sua IA, o que é fundamental no controle de tantos bots, decepciona pela falta de movimentação tanto dos personagens quanto aos inimigos. É muito comum reparar vários inimigos centrados em abater um amigo médico da minha equipe e não dando importância a minha presença: passo do lado deles e os cretinos insistem em pegar o doutor. Também pode se considerar a falta de reação por parte dos bots, que estacionam o corpo com a maior calma do mundo, se expondo do jeito que quiser, e atiram em um sossego só. Em matéria de danos, GO também cria uma certa dúvida com o seu head-shot, que parece acontecer aleatoriamente (inúmeras vezes fui obrigado a descarregar um pente na cabeça de um infeliz a dois metros distante dele, e o safado não ia ao chão nunca) e desmembramentos que inexistem.
As 13 missões se completam em questões de poucas horas. Mesmo em níveis mais difíceis, se você não conseguir dar conta dos inimigos, cedo ou tarde alguém de sua equipe poderá cumprir a missão por você, sem que você mova um dedo. Parece brincadeira, mas isto acontece com uma certa freqüência.
Também há os bugs, que no modo single-player, deixa adversários e companheiros de equipe travados nos cenários e com uma movimentação que parece travar a toda hora, dando a impressão que os personagens estão em lag; nem no modo multiplayer acontece tanto este tipo de problema.
Áudio:
Caracterizados por não apresentarem um fundo musical, os jogos de 1ª pessoa táticos parecem fazer justificar essa razão, uma vez que toda a atenção deve ser tomada, não distraindo o jogador com músicas temáticas. E Global Operation mantém a regra, deixando o ambiente silencioso, apenas por conta dos efeitos sonoros (como os passos, que diferenciam um andar sobre a grama e outro no concreto), a sonoplastia das armas e as dublagens das equipes.
As vozes descrevem muito bem o clima de “ação conjunta” das equipes, com ordens e pedidos de reforços ou ajudas médicas tradicionais, que com o tempo, enjoam pelo excesso. O melhor mesmo fica por parte das barulhentas armas, que conseguem passar claramente seu poderio através do áudio. Descarregar uma Uzi intensamente sobre o adversário é muito recompensador, lhe dando forças e moral suficiente para continuar até o fim. Forças essas que podem parar com um leve estalo de uma sniper atravessando seu colete.
MultiPlayer:
Feito para este modo e suportando até 24 jogadores, Global Operations rende bom divertimento e horas de muito tiroteio e vai-e-vem. Mas no Brasil, ainda não existem muitas opções de servidores com um bom ping, não sendo capaz de manter um jogo suave e sem travadas. A opção mesmo fica por conta de jogar em rede, que também vem a ser divertido, se jogado em um bom número de pessoas.
Gráficos:
Ainda no padrão de Counter-Strike e similares, Global Ops não é tão magnífico visualmente como em sua jogabilidade realista. A começar pela configuração mínima, que não se encaixa a tantos computadores populares e mostra gráficos nada animadores. Os 13 ambientes disponíveis são sem dúvida bem variados, pois leva a vários grupos e forças de todo o mundo (como mencionados anteriormente), da América até o Oriente. Entretanto há uma certa escassez em detalhes, deixando seus cenários infinitamente atrás de outros jogos do mesmo gênero. Apesar de variação, efeitos de sombra são regulares e não mostram sombra alguma dos personagens no chão, deixando a beleza das skins por conta dos efeitos de luz, que de certo modo ficaram bem caprichadas. Os objetos interagem muito pouco com os personagens e as texturas não são tão detalhadas como se esperava.
Em contrapartida, temos armas e outros acessórios muitíssimos bem representados e desenhados. Os efeitos tirados dos óculos de visão noturna e visão termal ficaram atraentes, assim como os disparos e ações controladas pelas mãos do seu personagem (como inserir bombas, recarregar armas, etc.). Apesar disto, as explosões de granadas ou bombas ficaram fracas e impõem de longe uma soberania sobre os demais armamentos.
Conclusão:
Após uma boa comparação com o mais assediado jogo (Counter-Strike), até aqui, das lan-houses brasileiras, Global Operation mostra claramente que sua vinda foi para conquistar os que adoram uma batalha multiplayer. Com a crescente mania, explorar esse mercado é realmente uma boa, porém não há como esquecer que títulos parecidos morreram no esquecimento devido a enorme concorrência e a preferência pelos mais acessíveis.
E Global Ops pode até agradar, mas possivelmente irá para o fundo da prateleira daqui alguns tempos, pois seu jogo, apesar de divertido, requer máquinas relativamente melhores do que as populares. Possui um visual mediano, missões interessantes (embora simples) e um armamento impecável, visto que ele satisfaz mais o modo multiplayer, já que o single é praticamente igual, mudando só os outros jogadores, que são controlados pelo computador, e, ainda assim, faltou um toque a mais para ser um grande destaque para este ano de 2002.
- Nome do Jogo: Global Operations
- Categoria: Guerra/Shooter
- Fabricante: EA Brasil
- Idioma: Inglês
- Plataforma: PC - Windows
¤ Sistema Requerido pelo Fabricante: Pentium III 500 MHz, 128 MB RAM, Win9x/ME/XP, 800Mb de espaço no HD, placa de vídeo com 16 MB, CD-ROM 4x.
¤ Sistema Sugerido pela GamesBrasil: Athlon Tbird 1 GHz, 256Mb RAM, placa de vídeo com 32 MB (ATI ou nVidia), CD-ROM 32X, placa de som da linha Sound Blaster Audigy.
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